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Paisagismo e Jardinagem |
PORTAL DO
CONHECIMENTO - Desde o ano de 2000 preparando
profissionais pela internet |
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VEGETAÇÃO
E PAISAGEM DO BIOMA RESTINGA |
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Pesquisa: Liliana
van Doornik Montandon - Arquiteta - Rio das Ostras (RJ).
Edição: Fátima Senra - Arquiteta - CasaeCia.arq |
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É antiga a
cultura de que
praia bonita e com metro quadrado caro, tem que ser totalmente urbanizada e
seguir os padrões já estabelecidos de calçadões e areia em contato direto,
sem a presença de "mato".
É importante o cuidado com a palavra "mato" que freqüentemente
substitui a palavra "mata" no sentido de floresta ou de um
determinado ecossistema. Essa substituição normalmente é pejorativa e
entra no sentido de desqualificar uma determinada reserva natural e
levá-la aos patamares da insignificância, de algo que é indesejado e
precisa ser extirpado. Infelizmente foi sob esse conceito que a maioria de
nossas reservas foi tratada, e ainda é assim considerada até os dias
atuais.
Por isso, sempre, apresentamos aqui neste espaço, alguns bons trabalhos de pesquisa
produzidos por profissionais que se empenham em divulgar um pouco de nossas
riquezas, como esse sobre as restingas, que fazem parte do nosso tesouro.
(Arquitª Fátima Senra - Casa e Cia.arq). |
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Praia
- beleza e valor natural. |
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Restinga
é uma formação vegetal ocorrente em praticamente todo o nosso
litoral. Trata-se de uma vegetação nativa em solos arenosos e
salinos e ao contrário do que muita gente pensa, evolui de espécies
forrageiras, até grupos arbóreos e arbustivos de maior porte; além
de apresentar uma diversificada fauna e flora nativa. Transição
entre as dunas, onde se inicia, e as matas, a restinga tem
normalmente como um de seus limites naturais, no interior do
continente, a mata Atlântica com maior variedade de espécies e
extrato arbóreo mais volumoso. |
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Lantana
camara var - Lantana, na restinga. |
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Cactos
na restinga |
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Ornamentais
e paisagísticas, as
restingas são formadas a partir de variações ao nível do mar,
avanços e recuos da água em relação ao continente. Constituem
importantes reservas ecológicas face a riqueza da fauna e flora que
possuem, além de estabelecer importante vizinhança com a mata
Atlântica, ao longo do litoral. Apresentam flora similar mas menos
exuberante do que a da floresta Atlântica e algumas presenças de
elementos característicos do Cerrado.
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A
palavra restinga caracteriza todos os tipos de depósitos arenosos
litorâneos, de origens variadas, apresentando-se em geral como
superfícies baixas e levemente onduladas ao nível aproximado do
mar, com suave declive rumo a este. São distribuídas em mosaico e
em áreas com grande diversidade ecológica, sendo classificadas
como comunidades edáficas, por dependerem mais da natureza do solo
que do clima propriamente dito. |
A vegetação de restinga
cria obstáculos que barram ou redirecionam os ventos que carregam as
areias, além de segurar essa areia com as suas raízes e com os ramos
e folhas. Além disso, as restingas têm grande importância
arqueológica por abrigarem os sambaquis, depósitos deixados
pelos índios que habitavam a costa brasileira. Importante destacar
também a presença de espécies frutíferas como o caju e a pitanga,
que são as mais famosas frutas ocorrentes nas restingas
brasileiras, com reconhecido valor medicinal e econômico. |

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Turnera
Ulmifolia - Beleza da flora da restinga |
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A flora da restinga
está adaptada ao solo arenoso e à água salgada. Ela é bastante
diversificada, apresentando campos ralos de gramíneas, moitas de arbustos
que são intercaladas de clareiras, mata fechada de até 20 metros
de altura e brejos com densa vegetação aquática. |
A fauna
da restinga é bastante variada, com a presença do sabiá-da-praia,
crustáceos, e outros pássaros como o caboclinho, anu, pintassilgo,
beija-flores, a corujinha buraqueira e jacus, graças, socós e
frangos d'água. Existem ainda répteis como o calango e a lagartixa
da praia e diversos insetos que habitam essas áreas de restinga. |
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Clusia
hilariana - Clúsia,
dominando o grupo de espécies na moita. |
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As
moitas de restinga costumam ter em sua parte central mais alta uma
arvoreta que serve de eixo ao conjunto, em torno do qual se ordenam
as outras espécies que variam no tamanho e na diversidade
florística que pode chegar, mesmo em moitas pequenas, a mais de dez
espécies diferentes.
As espécies típicas de restinga de maior ocorrência na
região de Rio das Ostras são Allogoptera sp, Clusia sp,
Bromeliaceaes, Cactáceas, Murtaceaes entre outras.
Há
também plantas com valor medicinal, por exemplo: as clusias, o
sumaré, o salsão-da-praia, cactos, etc. |
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Urginea
maritma - Cebola da praia - Planta muito comum no
litoral brasileiro. |
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Quanto à
estratificação, podemos encontrar três extratos distintos:
arbóreo, arbustivo e herbáceo. Há também epífitas, samambaias,
musgos e liquens.
As plantas comuns de restinga possuem raízes, na maioria das vezes,
extensas e superficiais aumentando a superfície de absorção e
contribuindo para a fixação no substrato móvel.
À medida que se caminha do mar em direção ao continente, ocorre
uma redução na concentração salina no solo, caracterizando
formações vegetais distintas. |
AS
RESTINGAS NO BRASIL
As restingas juntamente com as dunas, cobrem quase 80% do
litoral brasileiro. O solo é pobre em matéria orgânica e em
argilas e apresenta baixa capacidade em reter água e nutrientes. A
principal fonte de nutrientes é a maresia que promove a
decomposição de restos de animais e plantas, aumentando a
capacidade do solo em reter água e nutrientes. |
A
região litorânea dos estados do Rio de Janeiro e
Espírito Santo é uma das mais diversificadas da costa
brasileira.
A flora dessa região reflete uma grande diversidade de
habitats e conta com mais de 1400 espécies de plantas
registradas. A restinga está localizada perto de áreas de
grande valor econômico, que são pontos próximos às praias
onde é grande a especulação imobiliária.
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Samambaias
na restinga - litoral do estado do Rio. |
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