6.4
Especializações
6.4.1 Design sustentável ou ecológico
Está relacionado ao meio ambiente, ecologia, aspectos
econômicos, éticos e sociais relacionados ao impacto do Design
6.4.2 Design Universal:
Está focado na busca de soluções e emprego de produtos
desenvolvidos para indivíduos desabilitados, ou que precisem
facilitar o uso ou acesso com segurança e conforto para todos os
usuários
7. QUALIFICAÇÃO REQUERIDA
Há designers de nível superior
e de nível técnico. Apesar de ser reconhecida pelo MEC, a
profissão não é regulamentada. Qualquer pessoa apta a exercer o
cargo pode competir no mercado, entretanto é preciso ter pelo menos
o curso técnico de decorador ou ensino médio completo mais um
curso profissionalizante. Ë recomendável fazer cursos
complementares como técnicas de iluminação, pinturas especiais,
perspectiva, cor, paisagismo, gerenciamento de projetos, uso de
programas de desenho no computador, etc.
8.
CONTATOS / CONHECIMENTOS QUE O DESIGNER DE INTERIORES DEVE POSSUIR
O profissional trabalha
orientando e auxiliando diversos outros profissionais, como:
arquiteto, engenheiro, marceneiro, serralheiro, pintor, gesseiro,
eletricista, encanador, azulejista, tapeceiro, marmorista, etc...
para isso necessita de conhecimento básicos da atividade de cada
um, já que a execução depende de todas estas mãos-de-obra.
O designer de
interiores precisa ter cultura geral e artística - ferramentas
indispensáveis para o bom gosto, conhecimentos de ergonomia,
aspectos técnicos e resistência de materiais, processos de produção,
tintas, acabamentos, estudo de cores, desenho técnico, instalações
elétricas e hidráulicas, gerenciamento de obras, e muitas outras
habilidades (além de uma vocação para a pesquisa constante)
abrangendo os campos culturais, perceptuais, projetuais e tecnológicos
de conhecimento.
9.
MERCADO
O mercado de trabalho para
decoradores é saturado. É uma profissão em que atuam tanto
arquitetos quanto pessoas sem nenhuma formação específica, mas
com bons relacionamentos sociais e gosto desenvolvido para opinar
sobre interiores.
O mercado de
trabalho para decoradores tende a crescer com o aumento de renda da
população. Um sinal desse crescimento é o fato de estarem
aumentando o número de lojas de decoração, a variedade de
materiais nacionais e importados e a oferta de cursos de formação
de decoradores. Tal aumento deve refletir-se mais no aproveitamento
de profissionais já estabelecidos no mercado do que num aumento
considerável das oportunidades para iniciantes. Um bom mercado para
decoradores é o mercado de hotéis, em que há grande expansão da
demanda e poucos decoradores especializados.
9.1 Estudo de mercado
(publicado pelo CONAD 2002)
Existe no Brasil 44,7 milhões
de domicílios particulares permanentes. Entre essas residências
1,55 milhão pertencem às pessoas com renda superior a 20 salários
mínimos.
Estudos da Ricardo
Botelho marketing (realizados para a ABD) sobre o mercado apontam
que, hoje, apenas um milhão de domicílios tem poder aquisitivo
para contratar um profissional e comprar produtos de design. São
famílias que ganham acima de U$ 2,5 mensais.
Há, entretanto, um
mercado potencial de mais dois milhões de domicílios que poderiam
ter acesso a essa consultoria, mas ainda não o fazem. São famílias
com renda mensal entre R$ 4 mil e R$ 8 mil.
9.2
Quantidade de profissionais no Brasil
Em 1985 cerca de 2 mil
profissionais atuavam no mercado de designer de interiores.
Em 1995 este número passou a 15 mil;
A expectativa é que em 2005
este universo chegue a 20 mil.
9.3
Pesquisa: O exercício da profissão do Designer de
Interiores (1 de abril de 2000)
Uma pesquisa realizada pela
Ricardo Botelho Marketing para a ABD – Associação dos Arquitetos
de Interiores e Decoradores, feita com profissionais da área,
identificou o perfil básico dos Especificadores e as condições do
exercício profissional.
Quem
é o Decorador? (Perfil)
Em sua maioria, são mulheres
e relativamente jovens – têm 38 anos em média:
- 79% são mulheres e 21% homens:
- 4% têm entre 18 e 24 anos
- 18% entre 25 e 30 anos
- 21% entre 31 e 35 anos
- 23% entre 36 e 40 anos
- 15% entre 41 e 45 anos
- 15% entre 46 e 55 anos
- 3% entre 56 e 65 anos
- e 1% acima de 65 anos
Entre
os entrevistados:
- 61% são casados
- 27% solteiros
- 2% viúvos
- 10% separados
- 90% dos Decoradores declararam ter filhos (de um a três filhos
).
Grau
de Instrução do Decorador:
- Curso Técnico: 13%
- Superior Incompleto: 14%
- Superior Completo: 73%
Formação
Básica:
- Arquiteto: 40%
- Decorador/Técnico em Decoração: 55%
- Experiência Prática (outra formação): 5%
Os Decoradores e Arquitetos de Interiores atendem, em média, dois
clientes ao mês.
Quando realizam projetos completos de Decoração, os clientes
investem, em média, entre R$ 20 e R$ 45 mil.
Os projetos demoram, em média, 143 dias para serem executados.
Entre
os serviços solicitados pelos clientes aos profissionais com maior
freqüência estão:
- Projetos completos: 18,7%
- Decoração de ambientes: 12,8%
- Desenho de móveis/armários: 23%
- Compra de objetos de decoração: 8,9%
- Cortinas e persianas: 8,7%
- Projetos de iluminação: 8,2%
- Revestimento de piso/parede: 7,6%
- Planejamento de banheiros e cozinhas: 7,1%
- Paisagismo: 4,6%
Estes parâmetros
definem a carteira de clientes dos Decoradores, que somados à
demanda de diversos serviços adicionais ao projeto, permitem compor
uma renda mensal média que varia entre R$ 2 mil e R$ 4,5 mil por mês
(entre os profissionais pesquisados).
Faturamento
Médio Mensal:
- Até R$ 3 mil: 20%
- De R$ 3 mil a R$ 6 mil: 16,9%
- De R$ 6.001,00 a R$ 9 mil: 7,8%
- De R$ 9.001,00 a R$ 20 mil: 10,9%
- Acima de R$ 20.001,00: 5,4%
Uma segunda
pesquisa, realizada pela Ricardo Botelho Marketing com pessoas
contratantes dos Decoradores, sobre os benefícios da contratação
de um profissional apresentou dados interessantes:
Principais benefícios
identificados por aqueles que já haviam contratado um profissional:
- Ajudou a melhorar a sua vida/conforto: mulheres 61%, homens 48%
- Proporcionou economia ao projeto: mulheres 8%, homens 35%
- Criou uma estética especial: mulheres
26%, homens 17%
- Outros 5%
Os
consumidores que declararam não ter contratado um profissional,
justificaram sua decisão da seguinte forma:
- 64% dos entrevistados disseram que não contratam um profissional
porque “entendem” de Decoração;
- 28% disseram temer o preço e têm medo de onerar o projeto final.
9.4
Como ingressar no mercado de trabalho
Autônomos conseguem trabalho por indicação de clientes ou através
da publicação de suas criações em revistas de decoração. As
empresas de decoração, tanto lojas como escritórios de projetos,
também contratam profissionais por indicação e, em menor proporção,
por meio de anúncios em jornais e revistas
especializadas. Há eventos voltados a promoção de
decoradores, como a Casa Cor e exposições em shoppings centers,
onde os clientes potenciais podem entrar em contato com os
profissionais da área. O resultado final de cada obra é a melhor
propaganda para a profissão.
10. REMUNERAÇÃO
Há uma ampla gama de situações, onde os honorários podem ser
cobrados de forma individual (apenas pelo projeto) ou combinada
(pelo projeto e administração da obra, ou por consulta).
A remuneração do Designer de Interiores também varia em função
da abrangência do projeto. Outra variante é o tamanho da obra a
ser realizada.
A remuneração deve ser adequada e estudada para cada necessidade e
perfil de cliente. É possível ampliar ou diminuir a complexidade
da consultoria ou oferecer descontos em função do tamanho da área
a ser decorada. Entretanto, qualquer que seja a modalidade escolhida
sempre deve ser colocado tudo em Contrato. Esta á sua melhor
garantia de que tudo o que foi combinado por ambas às partes será
cumprido.
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