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EROSÃO URBANA

Artigo editado do Projeto de recuperação de áreas degradadas pela erosão urbana: Engenheira Agrônoma Deise Bianchini - CREA nº 82154/D - MS 2190
SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DE AMAMBAI - MS - SEMAI
O artigo completo pode ser visto pelos alunos do curso on line de Paisagismo, na área de pesquisa avançada do curso.


1. INTRODUÇÃO

 O termo erosão significa desgaste, sendo seus principais agentes causadores a chuva e o vento (erosão eólica). É um processo natural de desagregação e ocorre desde os primórdios, contudo a ação humana sobre o meio ambiente contribui pra aceleração do processo, trazendo diversos prejuízos, tanto ao meio ambiente como de desvalorização das terras. Além da ação do homem e dos agentes atmosféricos - água, gelo, ventos - temos os seres vivos que atuam sobre as rochas da superfície terrestre, causando seu desgaste e o transporte e deposição do material desprendido. Assim estamos formando um substrato de espessura variável onde podem crescer os vegetais e desenvolver-se a vida, as raízes das plantas, ao penetrar nas fendas e rachaduras superficiais, alargam-nas e contribuem para o esfarelamento das partículas minerais, mas ao mesmo tempo essas raízes servem para segurar o solo no lugar. Não havendo essa cobertura, ou proteção, inicia-se o processo erosivo.

Área desmatada e degradada em processo de erosão do solo

Segundo Larios “Os processos erosivos são condicionados basicamente por alterações do meio ambiente, provocadas pelo uso do solo nas suas várias formas, desde o desmatamento e a agricultura, até obras urbanas e viárias, que, de alguma forma, propiciam a concentração das águas de escoamento superficial.”(1)

“O mais importante dos agentes da erosão é a água. Mais importante no esculpimento da superfície terrestre é a ação mecânica da água corrente. Logo após uma chuva torrencial, ou mesmo durante ela, formam-se enxurradas de aspecto barrento, conforme a natureza do solo, e os rios se tornam lamacentos. Em determinadas condições de declividade e terreno, uma única chuva pode remover milhares de toneladas de solo, principalmente se a área for desprovida de vegetação. Esta, quando existe, desempenha ação moderadora sobre o impacto da água com o solo, diminuindo sua velocidade e facilitando sua penetração.

A água de escoamento imediato forma o chamado filete de rolamento, agente importantíssimo no esculpimento da superfície terrestre nas regiões chuvosas. É a chamada erosão pluvial, responsável pelo rebaixamento contínuo das encostas, que podem ou não encontrar-se adjacentes ao vale de um rio, onde a erosão passa a ser denominada fluvial. Quando as águas penetram com facilidade, em terrenos muito permeáveis, verifica-se um solapamento subterrâneo com desmoronamentos consecutivos, com formação de  imensos rasgos no terreno, o que constitui a forma erosiva denominada voçoroca. Nas regiões mais íngremes dos rios, a erosão esculpe vales em forma da letra V. Em regiões menos íngremes, o rio desgasta as concavidades existentes nas curvas e, quando encontra rochas, seu trabalho provoca a formação de cachoeiras. A água fluvial pode produzir ainda a chamada erosão remontante, que cava profundos sulcos nas rochas, denominados canhões.” (2)

Voçoroca causada pela ação das águas - erosão
em garganta

A degradação de uma área ocorre quando:

a)- A vegetação e a fauna são destruídas, removidas ou expulsas.

b)- A camada de solo fértil é perdida, removida ou coberta; afetando a vazão e qualidade ambiental da água superficial ou subterrânea.

O impacto da erosão manifesta-se através do assoreamento de cursos d’água e de reservatórios. A erosão e o assoreamento trazem como um de seus efeitos imediatos maior frequência e intensidade de enchentes e alterações ecológicas que afetam a fauna e flora, bem como a perda de capacidade de armazenamento de água nos reservatórios agravando os problemas de abastecimento. Haverá em consequência a alteração das características químicas, físicas e biológicas da área, afetando seu potencial sócio-econômico.


Convencionalmente, são estabelecidos três tipos principais de erosão hídrica :

1. erosão superficial, também denominada laminar ou lavagem superficial;
2. erosão em sulcos ou ravinas;
3. erosão em gargantas ou voçorocas.
Há, ainda, um tipo de erosão, a vertical, provocada pela infiltração da água no terreno, mas
ocorre somente em alguns tipos de solos.

1. Erosão laminar ou lavagem superficial - é a remoção do solo da camada superior do terreno.
A erosão superficial é constatada em áreas mesmo com pequeno grau de declividade. Se medidas
de controle da enxurrada não forem adotadas pelo usuário, a ação erosiva da água da chuva –
continuando a atuar no terreno – pode provocar o seu esgotamento ou degradação.
Alguns agricultores e pecuaristas não percebem o desgaste dos terrenos provocado pela
lavagem do solo; erroneamente, consideram natural essa remoção laminar. Vários usuários, por
desconhecimento, admitem que as pedras crescem, sem atentar para o fato de que foi a terra
arrastada que as deixou mais expostas.

 

Encosta degradada pelo desmatamento e pela
ação das águas pluviais - erosão laminar

Erosão e assoreamento em leito de águas fluviais

2. Erosão em sulcos – Em função das características dos solos, a enxurrada – atuando sobre um terreno – pode formar sulcos. Em algumas encostas, a água que escorre de pequenos sulcos converge para outros, mais acentuados, formando no terreno uma estrutura semelhante à mão. Por isto, a erosão em sulcos recebe a denominação de erosão-em-dedos. Alguns usuários, quando os sulcos são desfeitos com a passagem de máquinas agrícolas de preparo rotineiro do terreno para semeadura, não se preocupam em adotar medidas que reduzam ou eliminem esses efeitos.
A causa básica, que pode ser controlada é o escorrimento da água da chuva sobre o terreno, evitando a erosão do solo. A terra retirada, que deu origem ao sulco, foi transportada para outro local. Com a continuação da ação da água da chuva, os sulcos irão sofrendo um aprofundamento e o terreno não mais será uniformizado.

 Erosão em gargantas ou voçoroca

3. Erosão em gargantas ou voçorocas – Se a enxurrada não for controlada – a fim de que sejam eliminados os seus efeitos sobre os terrenos – os sulcos irão se aprofundando, desgastando o subsolo formando, então, as voçorocas. Portanto, a ocorrência desse tipo de desgaste do terreno indica a perda total ou parcial da sua fertilidade e, conseqüentemente, o seu valor financeiro.
Os sulcos e as voçorocas dificultam ou mesmo impedem o trabalho das máquinas agrícolas.
Há um outro tipo de voçoroca que não é formada pelo aprofundamento de sulcos, mas originada pelo solapamento provocado pela água que se infiltrou (subterrânea) e o conseqüente desabamento e remoção da camada superior.
O usuário deve atentar para o tipo de origem da voçoroca, a fim de planejar, com segurança, o método de seu controle.

Observação – A aradura, semeadura e cultivo no sentido morro-abaixo facilitam a formação de sulcos e, por vezes, de voçorocas. Também na pecuária, os animais – percorrendo trilhas ou caminhos na direção da declividade da encosta – concorrem para a formação das voçorocas.”(3)

Para a recuperação das ruas degradadas é preciso definir um plano que considere os aspectos ambientais, estéticos e sociais permitindo a recuperação, ou pelo menos contenção da erosão, de acordo com a destinação que se pretende dar à área, ocasionando um novo equilíbrio ecológico.
O solo é um recurso natural básico, renovável se conservado e usado devidamente. A erosão é uma das mais nefastas conseqüências do uso inadequado do solo e o processo pode estar além dos limites da recuperação natural, necessitando medidas de restauração.

O custo das obras corretivas para contenção das voçorocas é alto, acrescido das despesas de recomposição de áreas urbanas degradadas, edificações, arruamentos, obras viárias interrompidas pelos problemas erosivos, principalmente no período das chuvas.

Para as ações governamentais necessitamos conhecer o estado da erosão, seu impacto ambiental e o prognóstico de sua evolução com base na definição da suscetibilidade dos terrenos.

Voçoroca e assoreamento de rios

Dentre as principais causas do desencadeamento da erosão nas cidades temos:

a)- Traçado inadequado do sistema viário, agravado pela falta de pavimentação, guias e sarjetas.
b)- Deficiência do sistema de drenagem de águas pluviais servidas.
c)- Expansão urbana descontrolada.
d)- Traçado das ruas perpendicular às curvas de nível, nas encostas com declividade superior a 10%.

O controle da drenagem urbana deve fazer parte do plano diretor da cidade, que deverá prever que qualquer novo empreendimento deve manter as vazões naturais depois de implantado.


A erosão urbana está diretamente relacionada com o processo de rápida urbanização sem planejamento. Pode assumir formas assustadoras destruindo a infra-estrutura urbana (ruas, guias, sarjetas, redes de água e esgoto) e causando assoreamento dos reservatórios e leito dos rios. A ocupação próxima às ocorrências erosivas multiplica os riscos de acidentes e se se tornarem áreas de despejo de lixo transformam-se em foco de doenças.

É necessário estabelecer prioridades para as áreas de aplicação de investimentos em obras corretivas, orientar a expansão urbana, implantação de obras viárias que atravessem áreas sujeitas à erosão e gerenciamento da drenagem urbana.
Outro aspecto a considerar é a presença de voçorocas rurais que são aumentadas ou reativadas devido ao aumento das águas pluviais de loteamentos implantados à montante das voçorocas. Atingem assim os loteamentos, tornando-se urbanas.
As voçorocas são causadas pelo tipo de solo e pela ocupação desordenada. Os estudos e projetos de reversão da problemática contemplam obras como galerias de águas pluviais, implantação de medidas preventivas e recuperação de áreas degradadas, incluindo projetos paisagísticos.

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